Gideoni Monteiro, da equipe Ribeirão Preto/Botafogo, treinava para Volta de SP em uma rodovia quando bateu de frente com um caminhão, a 50km/h.O acidente aconteceu na terça-feira dia 09-10.
Por Cleber Akamine Ribeirão Preto, SP
Ao saber que o impacto frontal com um caminhão - a uma velocidade de 50 km/h - provocou apenas uma fratura exposta no braço e alguns arranhões no rosto, o ciclista, campeão Pan-Americano, Gideoni Monteiro contemporizou a frustração de perder uma das principais competições realizadas no Brasil, a Volta Ciclística de São Paulo.
Na manhã desta terça-feira, durante um treinamento na Rodovia Abraão Assed, próximo a cidade de Serrana (a 317km de São Paulo), o atleta da equipe Ribeirão Preto/Botafogo foi atropelado por um caminhão que estava em uma vicinal e teria entrado na pista sem notar a presença do ciclista
Aliviado, Gideoni Monteiro exibe rachadura na bicicleta (Foto: Cleber Akamine / Globoesporte.com)
Com o impacto, a bicicleta quebrou em três partes e o capacete ficou totalmente destruído. Gideoni, que treinava com Cristian Egídio, não conseguiu frear a tempo de evitar a batida.
- Eu estava justamente no momento do sprint, aquele tiro mais forte, mais rápido. Quando olhei para frente, já não dava mais tempo. Só consegui colocar o braço na frente. A batida foi tão forte que amassou a grade do caminhão. Na hora, fiquei tonto e não sabia onde estava. A sorte é que eu estava com o Cristian e o socorro chegou muito rápido. Lembro que eles conversavam comigo o tempo todo para eu ficar acordado – comentou o ciclista.
Gideoni ainda se emociona ao lembrar do acidente.
- É claro que não participar da Volta Ciclística, que a gente se prepara durante o ano inteiro, é bastante triste. Mas olhando tudo o que aconteceu, poderia ter sido muito pior e eu posso dizer que estou feliz. Vivo e muito feliz. Foram só alguns pontos no braço, alguns arranhões e já estou em casa. Quem vê a bicicleta, o capacete e o sangue que ficou no chão, não acredita que eu só quebrei o braço. Isso é um milagre. Estou vivo para contar história – declarou Gideoni, que não subirá mais na bicicleta em 2012.
Gideoni Monteiro recebeu os primeiros atendimentos ainda na rodovia (Foto: Divulgação)
Após a cirurgia no braço e o inchaço, o sergipano afirma que não há
tempo hábil para se recuperar e participar, tanto da Volta Ciclística,
quanto dos Jogos Abertos do Interior. Mesmo fora das disputas, Gideoni
espera contribuir de alguma forma para os companheiros conquistarem o
título.
- Conversei com o Marcelo DonnaBella (técnico da equipe) e ele disse que o time está ainda mais determinado e motivado para brigar pelo título. Se depender da minha torcida, vai dar tudo certo – disse o ciclista, que vai tirar os pontos do braço em dez dias e começar as sessões de fisioterapia.
(Foto: Cleber Akamine / globoesporte.com)
A Volta Ciclística de São Paulo começa neste domingo, com largada na
cidade de Marília. Quatorze times brasileiros participam da competição,
que também terá a participação de representantes de nove países:
Alemanha, Argentina, Chile, Equador, Estados Unidos, Guatemala, Panamá,
Suíça e Uruguai.
Neste ano, a competição terá cerca de 1.200 quilômetros no interior de São Paulo. Os atletas largam em Marília e depois passam por Bauru, São Carlos, Rio Claro, Sorocaba, Atibaia, Pindamonhangaba, Campos do Jordão e Jundiaí. A chegada acontece em São Paulo, no dia 21, na avenida Jornalista Roberto Marinho.
O percurso é marcado por várias situações, com oito etapas variadas em trechos longos, curtos, de montanha e contra-relógio, o que exige bom preparo dos atletas e boa estratégia dos times.
Bruxa solta
Acidentes envolvendo ciclistas e automóveis são comuns, seja com atletas profissionais ou pessoas que usam a bicicleta como meio de locomoção. Mas a equipe Ribeirão Preto/Botafogo, terceira melhor no ranking nacional, tem vivido dias de azar.
Além de perder Gideoni Monteiro nesta terça-feira, Felipe Nardim, atropelado por um carro há dez dias, teve a clavícula e duas costelas quebradas e também está fora da Volta Ciclística. Sem os dois atletas, o técnico Marcelo Donnabella diz que será complicado brigar com as outras equipes.
- O Gideoni é um atleta chave na briga por equipe e um dos mais fortes na prova contra-relógio. Talvez seja o melhor contra-relógio da equipe. Ele defende bem no sprint e na subida, e é considerado um dos mais fortes do Brasil. Sem o Felipe Nardim, perdemos muita força porque nossos adversários competem com 10, 12, 14 atletas e nós estaremos em seis - lamentou o treinador, que mudou a rotina de treinos após os acidentes.
- Tenho saído com o carro atrás para evitar mais acidentes e não correr riscos - disse Donnabella.
Na manhã desta quinta-feira, ao reencontrar os integrantes do Ribeirão Preto/Botafogo, Gideoni Monteiro deixou todos mais tranquilos. A frase "vai fazer falta para a nossa equipe" era usada por todos eles: Michel Fernandez, Cristian Egidio, Thiago Nardin, Andrey Ortiz, Antoelson Dornelles e Alexandre Mantovani.
Mais tranquilo, Gideoni chegou a fazer piada com o acidente.
- Tentei medir forças com o caminhão - disse o ciclista, que foi confortado pelos colegas da equipe.
Ao saber que o impacto frontal com um caminhão - a uma velocidade de 50 km/h - provocou apenas uma fratura exposta no braço e alguns arranhões no rosto, o ciclista, campeão Pan-Americano, Gideoni Monteiro contemporizou a frustração de perder uma das principais competições realizadas no Brasil, a Volta Ciclística de São Paulo.
Na manhã desta terça-feira, durante um treinamento na Rodovia Abraão Assed, próximo a cidade de Serrana (a 317km de São Paulo), o atleta da equipe Ribeirão Preto/Botafogo foi atropelado por um caminhão que estava em uma vicinal e teria entrado na pista sem notar a presença do ciclista
Aliviado, Gideoni Monteiro exibe rachadura na bicicleta (Foto: Cleber Akamine / Globoesporte.com)
Com o impacto, a bicicleta quebrou em três partes e o capacete ficou totalmente destruído. Gideoni, que treinava com Cristian Egídio, não conseguiu frear a tempo de evitar a batida.
- Eu estava justamente no momento do sprint, aquele tiro mais forte, mais rápido. Quando olhei para frente, já não dava mais tempo. Só consegui colocar o braço na frente. A batida foi tão forte que amassou a grade do caminhão. Na hora, fiquei tonto e não sabia onde estava. A sorte é que eu estava com o Cristian e o socorro chegou muito rápido. Lembro que eles conversavam comigo o tempo todo para eu ficar acordado – comentou o ciclista.
Gideoni ainda se emociona ao lembrar do acidente.
- É claro que não participar da Volta Ciclística, que a gente se prepara durante o ano inteiro, é bastante triste. Mas olhando tudo o que aconteceu, poderia ter sido muito pior e eu posso dizer que estou feliz. Vivo e muito feliz. Foram só alguns pontos no braço, alguns arranhões e já estou em casa. Quem vê a bicicleta, o capacete e o sangue que ficou no chão, não acredita que eu só quebrei o braço. Isso é um milagre. Estou vivo para contar história – declarou Gideoni, que não subirá mais na bicicleta em 2012.
Gideoni Monteiro recebeu os primeiros atendimentos ainda na rodovia (Foto: Divulgação)- Conversei com o Marcelo DonnaBella (técnico da equipe) e ele disse que o time está ainda mais determinado e motivado para brigar pelo título. Se depender da minha torcida, vai dar tudo certo – disse o ciclista, que vai tirar os pontos do braço em dez dias e começar as sessões de fisioterapia.
Gideoni exibe rosto marcado por acidente
(Foto: Cleber Akamine / globoesporte.com)
Neste ano, a competição terá cerca de 1.200 quilômetros no interior de São Paulo. Os atletas largam em Marília e depois passam por Bauru, São Carlos, Rio Claro, Sorocaba, Atibaia, Pindamonhangaba, Campos do Jordão e Jundiaí. A chegada acontece em São Paulo, no dia 21, na avenida Jornalista Roberto Marinho.
O percurso é marcado por várias situações, com oito etapas variadas em trechos longos, curtos, de montanha e contra-relógio, o que exige bom preparo dos atletas e boa estratégia dos times.
Bruxa solta
Acidentes envolvendo ciclistas e automóveis são comuns, seja com atletas profissionais ou pessoas que usam a bicicleta como meio de locomoção. Mas a equipe Ribeirão Preto/Botafogo, terceira melhor no ranking nacional, tem vivido dias de azar.
Além de perder Gideoni Monteiro nesta terça-feira, Felipe Nardim, atropelado por um carro há dez dias, teve a clavícula e duas costelas quebradas e também está fora da Volta Ciclística. Sem os dois atletas, o técnico Marcelo Donnabella diz que será complicado brigar com as outras equipes.
- O Gideoni é um atleta chave na briga por equipe e um dos mais fortes na prova contra-relógio. Talvez seja o melhor contra-relógio da equipe. Ele defende bem no sprint e na subida, e é considerado um dos mais fortes do Brasil. Sem o Felipe Nardim, perdemos muita força porque nossos adversários competem com 10, 12, 14 atletas e nós estaremos em seis - lamentou o treinador, que mudou a rotina de treinos após os acidentes.
- Tenho saído com o carro atrás para evitar mais acidentes e não correr riscos - disse Donnabella.
Bicicleta de Gideoni Monteiro quebra em três partes após batida com o caminhão (Foto: Divulgação)
Apoio a GideoniNa manhã desta quinta-feira, ao reencontrar os integrantes do Ribeirão Preto/Botafogo, Gideoni Monteiro deixou todos mais tranquilos. A frase "vai fazer falta para a nossa equipe" era usada por todos eles: Michel Fernandez, Cristian Egidio, Thiago Nardin, Andrey Ortiz, Antoelson Dornelles e Alexandre Mantovani.
Mais tranquilo, Gideoni chegou a fazer piada com o acidente.
- Tentei medir forças com o caminhão - disse o ciclista, que foi confortado pelos colegas da equipe.
Ribeirão Preto/Botafogo vai desfalcada para a Volta Ciclística (Foto: Cleber Akamine / Globoesporte.com)
Fonte: Globo.com 
